
Se a gente for comparar com o ser humano, a tromba do elefante corresponde ao nosso nariz e ao lábio superior. Ela também tem prolongamentos que funcionam como dedinhos auxiliares, servindo para pegar objetos no chão. Isso vale tanto para o elefante africano, o Loxodonta africana, quanto para o asiático, o Elephas maximus. A tromba é um tubo longo e flexível, parecido com uma mangueira, que serve para respirar, beber, catar coisas e tem uma importante função social: ela é usada pelo animal para cheirar e acariciar outros membros do grupo. Os elefantes ainda usam sua tromba para jogar areia ou terra nas costas, afastando moscas e outros insetos que pousam em cima dele. Outra curiosidade sobre o narigão é que, quando são filhotes, os elefantes não sabem muito bem como manejá-lo. Por isso, é comum bebês elefantes pisarem na própria tromba sem querer. Depois, eles choram sem saber de onde vem a dor. Os cientistas sabem pouco sobre os ancestrais do elefante, mas acreditam que, há cerca de 30 milhões de anos, os tataravós das duas espécies atuais viviam no meio aquático e usavam suas trombas como um snorkel, aquele tubinho por onde os mergulhadores respiram. Essa função permanece até hoje, quando os bichos precisam atravessar regiões alagadas. Hoje, um dos parentes mais próximos do elefante é o peixe-boi (Trichechus inunguis), um mamífero que, apesar de não ter tromba, tem um focinho afunilado bem esquisito.
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